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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A caixa que traz as Odisseias com que sempre sonhou


Já pensou em ir de jacto privado às compras a Milão e ser recebida por uma limusina? Ou então ir a França andar num Fórmula 1? Na Odisseias tudo isto é possível.

Um dos carros da Odisseias é mandado parar numa operação stop. Após pedir os documentos, o agente sorri e pergunta ao condutor: o senhor trabalha mesmo nesta empresa? Naquele momento, a pergunta, ainda que simpática, não exprimiu muito sobre o que o polícia pensava da Odisseias, mas mostrava, pelo menos, que este a conhecia.

Não sendo a empresa de experiências mais conhecida do mercado, a verdade é que a Odisseias está em forte expansão e conta já com cerca de cinco mil serviços e mil parceiros. O que a diferencia das outras marcas é sobretudo a personalização do atendimento e a qualidade do produto. Características que para Rui Piçarra "são o motor do prestígio desta empresa" nacional.

Actualmente a concorrência neste sector é feroz, mas isso não impediu a pequena empresa portuguesa de outrora de se tornar num gigante, conhecido por quase todos. A sua história começa em 2005, quando Francisco Costa, na altura dono de uma empresa de informática, e Rui Piçarra, que trabalhava nos mercados financeiros, voltaram de uma viagem a Marrocos. Na bagagem, os dois amigos trouxeram a ideia de organizar viagens alternativas e vendê-las em pacotes.

"Pensámos investir numa empresa que tivesse como produto principal viagens diferentes, programas alternativos a que poucas pessoas tivessem acesso", explicou Rui Piçarra ao DN. No entanto, o projecto não se conseguiu afirmar, e depressa os sócios se aperceberam de que, com uma pequena alteração, era possível realizar os sonhos dos portugueses - abriam-se assim, pouco tempo depois do início da empresa, as portas ao mercado das experiências.

Inicialmente, a Odisseias vendia unicamente experiências através da Internet, mas, mais tarde, já em 2007, surgiu uma nova necessidade: ter o produto à venda em lojas de todo o País. Porém, o online continua a representar a maioria do volume de negócios.

Mas nem tudo correu bem. Este é um negócio que sempre foi sazonal e cujos picos se situam no Natal, no Dia dos Namorados e em outras datas festivas. Foi para combater isso que a Odisseias apostou em newsletters, ou seja, em correspondência electrónica para um número muito alargado de pessoas. E os resultados já se fazem sentir.

"Hoje há pessoas a procurarem os nossos serviços durante todo o ano", conta Rui Piçarra, sublinhando a excentricidade de certas "odisseias": "Temos alguns pedidos mais elaborados do que outros. Alguns conseguimos satisfazer, como um jantar no céu - utilizando para isso uma grua -, mas há outros que são excêntricos demais, como por exemplo a organização de um jantar na praia com uma cama para que o casal possa dormir ao relento."

Na Odisseias as experiências variam entre os cerca de 15 euros e os milhares de euros. Dois dos pacotes mais caros são a condução de um Fórmula 1 em França - para homens - e a viagem num jacto privado até uma cidade europeia típica para compras, como Milão, com uma limusina no aeroporto - a pensar nas mulheres.

Mas nem só as experiências caras têm qualidade. Numa altura em que se prepara para lançar no mercado uma nova imagem da marca, com caixas mais apelativas e amigas do ambiente, Rui Piçarra lembra a necessidade de uma boa relação qualidade/preço e adianta: "Temos preços bons e não temos uma única queixa na Deco."

E parece que já todos se aperceberam desta qualidade. Um pouco antes de o funcionário da Odisseias entrar no carro, o polícia entrega os documentos e conclui a conversa: "Sabe, fiz aquela pergunta porque trabalha numa grande empresa e com experiências baratas."

Este é um testemunho que mostra como esta empresa portuguesa cumpriu o seu objectivo: realizar os sonhos das pessoas.

por Carlos Diogo Santos
Jornal DN edição 14/09/2011
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